O que avaliar ao escolher rendas fixas
Atualmente os investimentos se tornaram um assunto muito popular aos brasileiros, nunca tantas pessoas buscaram conhecer mais sobre investimentos e melhores alternativas para aplicar seu dinheiro, mas nem todos sabem o que avaliar ao escolher rendas fixas.
Alguns especialistas julgam que devido a queda das taxas de juros, várias pessoas estão buscando novas e melhores alternativas para investir seu dinheiro. Já alguns outros dizem que tem a ver com o comportamento de manada, é um assunto que virou moda.
Não ousaria opinar sobre o assunto, mas ver o mercado de investimentos crescendo no Brasil pode ser muito benéfico no longo prazo e provavelmente criará a mentalidade de poupar para investir, fazendo com que muitos brasileiros consigam acumular riqueza durante suas vidas e tenhamos uma redução considerável nos níveis de pobreza.
Isso são suposições e teremos que ver o que ocorre nos governos futuros para ter uma real dimensão do impacto da difusão dos investimentos no Brasil.
Mas dada essa escalada na procura, muitas pessoas ainda estão começando e não sabem muito bem o que avaliar ao escolher rendas fixas e nem em quais empresas investir em renda variável.
Nesse artigo, vou tratar sobre o que avaliar ao escolher as melhores rendas fixas para os seus investimentos, leia até o final e aprenda como investir melhor.
- Perfil de Investidor
- Objetivos Financeiros
- Risco/Retorno
- Prazo de Resgate
- Taxas e Custos
Perfil de Investidor

O primeiro passo para avaliar é sua aptidão a risco, seu nível de conhecimento sobre investimentos e qual é o seu perfil de investidor.
Muitas pessoas acreditam que o perfil de investidor é algo fixo, que cada um tem o seu e continuará assim para sempre, mas isso não é verdade. Perfil de investidor está muito relacionado ao nível de conhecimento sobre investimentos.
Claro que muitas pessoas podem ter um perfil mais conservador e preferir manter a grande maioria do seu dinheiro em investimentos de renda fixa do Tesouro Direto, mas conforme a maturidade financeira vai chegando, a capacidade de tolerar flutuações de preço aumenta, por ter confiança nos seus conhecimentos e escolhas.
Perfis de investidor são definidos usualmente em três:
- Conservador
- Moderado
- Agressivo
O conservador busca rendimentos estáveis ao longo dos anos, não tolerando qualquer perda e flutuações negativas. Investe geralmente em produtos de renda fixa do governo e CDB de grandes bancos, além de fundos de renda fixa.
O moderado já consegue tolerar alguma volatilidade e possui uma carteira mais bem distribuída entre ativos de renda variável e títulos de renda fixa, encontrando o equilíbrio em fundos multimercado.
Já o perfil agressivo foca na máxima rentabilidade, tolerando volatilidade na sua carteira e assumindo maiores riscos. Seja ao montar uma carteira de ações, investir através de fundos de ações e/ou investimentos no exterior. É o perfil com o maior leque de opções de investimentos.
Faça uma avaliação do seu perfil de investidor e foque nos produtos que se encaixam nos seus objetivos e tolerância a risco.
Objetivos Financeiros
Algo muito importante para avaliar quanto ao escolher rendas fixas são seus objetivos financeiros. O que você quer para seu futuro? Para que quer usar esse dinheiro e quando? Tudo isso é importante para alocar os recursos da melhor forma.
Esse dinheiro que vai investir é para fazer alguma viagem ano que vem? Comprar um apartamento daqui a cinco anos? Ter uma vida mais tranquila na aposentadoria? Cada pessoa possui seus objetivos e você precisa saber quais são os seus e como irá investir cada parte da sua carteira para ter liquidez nos momentos certos da vida.
Agora vem três dos itens mais importantes para fazer uma boa escolha de renda fixa, após conhecer seu perfil de investidor e estipular para que quer usar esse dinheiro.
Risco/Retorno

É conhecido de todos que quanto maior o risco, maior é a expectativa por retornos nos investimentos. Então cada título de renda fixa possui um grau de risco, baseado no emissor da dívida.
E quanto maior o grau de risco desse investimento, maior devem ser os juros pagos para atrair investidores, já que há títulos do Tesouro Direto que apresentam risco próximo de zero.
Então no mínimo, títulos de renda fixa privado devem pagar mais do que os do Tesouro Direto. Senão não são vantajosos para o investidor.
Por qual motivo alguém compraria uma Debênture de uma empresa com histórico duvidoso com rentabilidade semelhante aos títulos do governo?
Há uma escala de risco/retorno que deve ser conhecida:
- Títulos do Governo
- Títulos de Renda Fixa com proteção do FGC (CDB, LCI, LCA etc.)
- Títulos de Renda Fixa sem proteção do FGC (Debêntures, CRI, CRA, Crowdfunding Imobiliário etc.)
Quanto mais para baixo na lista, mais os títulos devem apresentar taxas favoráveis aos investidores para valer a pena o risco extra de não ter a segurança do Banco Central ou do Fundo Garantidor de Crédito.
Então cada caso deve ser avaliado, pois sempre há oportunidades de baixo risco que pagam juros às vezes de até 300% CDI.
Por exemplo, vou falar de um título de Crowdfunding Imobiliário disponibilizado pela Investweb que paga 3 vezes o que o Tesouro Selic paga e teoricamente tem um risco mais alto.
Mas conheça a situação de emissão do título: o investimento é feito através de um contrato de mútuo, que prevê garantias como outros terrenos em caso do não pagamento do acordado e que podem ser executados rapidamente.
Além disso, possui vencimento dos títulos de 24 meses, ao invés de vários anos, até décadas como os disponibilizados pelo Tesouro Direto.
Então não necessariamente um título com um pouco mais de risco será pior, ele só precisa ser avaliado para a parte correta dos seus investimentos.
Prazo de Resgate
Outro fator importante a ser avaliado é a liquidez.
Cada renda fixa possui um prazo de resgate, pode ser liquidez diária, como pode ter vencimento para daqui a 10 anos. E isso importa muito no caso de precisar do dinheiro.
Por isso é muito importante fazer uma divisão dos seus investimentos. A primeira parte deve ser para a Reserva de Emergência, valor equivalente a pelo menos 6 meses de despesas.
A segunda parte é voltada para os objetivos de médio prazo. Comprar um carro, apartamento, pagar a faculdade dos filhos, e por aí vai.
Já a terceira parte deve ser separada para a aposentadoria, são investimentos de longo prazo que podem dissipar os riscos de volatilidade do curto prazo, então podem conter investimentos de risco mais alto.
- Reserva de Emergência (liquidez diária e risco baixíssimo)
- Objetivos de médio prazo (liquidez de poucos anos e risco moderado)
- Aposentadoria (liquidez para algumas décadas e rentabilidade alta)
Com essas informações, você consegue se planejar e comparar várias opções de investimentos e já conhece boa parte do que avaliar ao escolher rendas fixas.
Taxas e Custos
Ao avaliar investimentos em renda fixa é importante analisar as taxas cobradas e quais sofrem com encargos tributários. Exemplificando, é muito mais interessante investir em um LCI de 100% do CDI do que um CDB de 100% do CDI, porque o LCI não sofre a incidência de Imposto de Renda (geralmente LCI tem prazos de resgate maiores, deve ser avaliado antes de investir).
Algumas plataformas, corretoras e bancos cobram taxas de custódia para investimentos. Fundos de investimento em renda fixa também cobram taxas de administração e todos esses custos devem ser bem analisados antes de se optar por uma alternativa.
A Investweb não cobra nenhuma taxa dos seus investidores, a única taxa incidente é o imposto de renda.
Agora que conhece bem as “táticas” e o que avaliar ao escolher rendas fixas, analise as oportunidades de investimento abertas na Investweb, e faça seu dinheiro render mais sem correr mais riscos.
Até a próxima,
Leonardo Kalinowski